terça-feira, 30 de junho de 2009

Cultura Inútil

ÀS QUATRO HORAS , CINCO MINUTOS E SEIS SEGUNDOS
DO DIA 7 DE AGOSTO DESTE ANO,
A HORA E O DIA SERÃO:

04:05:06 07/08/09


ESTA SEQUÊNCIA NUNCA ACONTECERÁ DE NOVO.

[from: O. Catan]



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segunda-feira, 29 de junho de 2009

sábado, 27 de junho de 2009

O "FODÃO"

Oh, xente, todo mundo conhece o tal cara. Sim, o Fodão. ele é foda. Ele faz coisas que até Deus duvida, é metido em tudo que vc conhece e transita bem em tudo o que é preciso resolver. O Fodão é foda. Literal e simplesmente foda. O Fodão é amigo pessoal do chapeiro da lanchonete do estadão, bem como é também chegado do Governador, conselheiro do Presidente, é íntimo do tirador de chopp do bar brahma e é de dentro da casa do dono de qualquer estabelecimento famoso. É, o Fodão é uma coisa louca, é capaz de tirar doente de maca do helicóptero da PM em pleno vôo.
Se as fritas demoraram ou o filé acebolado chegou cru, nunca repute a ele: O Fodão. Ele é impecável e está sempre explicando para as pessoas a maneira mais adequada para fazer as coisas, posto que o Fodão entende de absultamente tudo. Tudo mesmo!
Enfim, o Fodão nunca erra, sempre faz tudo adequado ao bom senso, é um exemplo de pessoa, pelo menos no que ele descreve em relação a si próprio.


Indubitavelmente, o Fodão é simplesmente foda. Porque tem a solução para os problemas locais, regionais, federais, continentais, mundiais e quiçá interplanetários ou universais.
A bem da verdade e falando francamente, todo cara que se julga um Fodão, se revela realmente e finalmente, para os circunstantes, um sujeito muito do escroto.




coisas do Brasil




Marketing Pessoal



Brinco no link "Quem sou eu" substituindo pela frase"Não fui eu!" e lamento meu lapso de linguagem, onde me revelo algo que não sou nem quero ser: "vigarista", porque isso atrapalha totalmente a propaganda própria que poderia fazer por aqui. Brincadeira à parte, é muito séria essa história de Marketing Pessoal, senão vejamos:


Dizem que um dos maiores vendedores da história recente do mundo, foi um sujeito que sabia despertar nas pessoas a vontade de comprar. Exemplo disso, foi um livro que ele arrematou em grande quantidade, depois de encalhar nas livrarias. Envolveu cada exemplar numa fita que lacrava o conteúdo, escrevendo nela: "Só para Homens". Segundo consta, as mulheres, então - e só então - compraram tudo. Era um livro de poesias escritas por mulheres.

As pessoas que sabem vender as coisas, são ótimas, têm o meu respeito. Tentei uma vez ser vendedor e foi terrível, ia vender e acabava comprando. Mas as pessoas que me enlevam e me envolvem de fato, são as que sabem SE vender. Conheço uma pessoa que é vagabunda, mal educada, inculta e a bem da verdade, muito mal preparado para ser um profissional. Só que sabe se vender como ninguém. Com jeitinho, põe os outros a trabalhar para ele. Quando apresenta o trabalho ao chefe, a frase é sempre parecida com esta: "- Olha o que eu fiz!".

Tive um gerente comercial uma vez, que era um circo. Não, palhaço não, era um circo inteiro mesmo. Fazia a gente morrer de rir. Ele subia para a Diretoria normalmente, com um calhamaço de pastas nos braços, conversando normal. Quando abria a porta da sala do Diretor, começava a arfar, tirava o lenço do bolso e passava na testa e dizia: "-Ufa, nossa, que luta para manter esse faturamento em alta, meu líder!" Mentira, luta nenhuma, mas para o Diretor, esse era o cara.

Um dos sujeitos mais humildes que eu conheci na minha vida e que devia ser péssimo no Marketing pessoal, foi o Editor Executivo do Jornal Nacional, o saudoso Odejaime Hollanda, meu colega de papos-furados no café da redação da Globo, quando fui lá cobrir férias no RJTV como editor de texto e que me deu um baita susto quando se revelou como o "chefão" numa emergência com uma matéria que editei no sufoco para o Jornal Nacional, já com o primeiro bloco no ar. Era a pessoa mais despojada e simples de todo o pessoal da redação e o que mandava em tudo sem fazer nenhuma questão de se apresentar.

Confesso que também transito mal nessa de me fazer valorizar. Eu jamais abriria uma loja chamada MacDonalds com uns lanchinhos muito ruins e uns preços caríssimos. E é verdade quando digo que sinto uma ponta de inveja de quem consegue valorizar tudo, até o próprio "pum", quando deixa de sê-lo, para se transformar em "alívio íntimo de necessidade relevante". A eliminação de postos de trabalho fazendo o próprio freguês trabalhar e pagar por isso tem o nome empolado de "self-Service" e tem sucesso garantido em qualquer parte deste país. Da mesma forma, tem uns picaretas que se vendem como sendo verdadeiras obras-pimas da Humanidade e que na verdade, são grandiosos sim, mas grandiosos estelionatários da credulidade alheia, como os alfaiates do Rei vaidoso da fábula.
Enfim, saber se vender é uma arte que poucos dominam.








coisas do brasil




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terça-feira, 23 de junho de 2009

O Olho do Furacão

De um lado, os que acreditam solenemente que é uma boa.
De outro, os que acreditam solenemente que é uma bobagem.
De um lado, os que se revoltam com o que está sendo feito.
De outro, os que fazem, porque crêem naquilo.
Todo mundo tem poder de fogo e as batalhas serão uma verdadeira carnificina, mesmo que no sentido figurado.
No meio de tudo isso, o idiota.
Sim, isso mesmo.
O idiota.
Que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Que tem que conviver com os destemperos dos que, de um lado, não poupam adjetivos desairosos ou mesmo chulos, para se dirigir a sabe lá quem.
E do outro, os que ficam nervosos porque os outros estão nervosos, uma nervosidade por indução, um efeito dominó.
Tudo casadinho, tudo bonitinho, funcionando bem que é uma beleza.
No meio, o idiota.
Por que idiota?
Porque foi avisado.
Porque dispensou a oportunidade de ir amarrar o seu burrico num lugar bem distante dessa avalanche de emoções humanas, desse torvelinho de destemperos e recusou o convite.
Bem feito.
Agora, é preciso cumprir com as mais triviais obrigações, é preciso atravesar o rio mesmo que a nado, é preciso, é preciso, é preciso.E lá vai o idiota, ouvidos doloridos de ouvir besteiras, olhos cansados de ver bobagens, sempre concordando com tudo, a bem de sua ideologia chã e rasteira de que manda quem pode, obedece quem tem juízo.
Do lado de fora da janela, a crise e o desemprego também brigam para ver quem domina primeiro esse pedaço de chão.





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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cachoeira do Sítio do Picapau Amarelo







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Eu, guerreiro


De vez em quando, mesmo que mentalmente, sou obrigado e despir a cueca de cima das calças, tirar a capa vermelha e descruzar os braços da pose de salvador da Humanidade. De vez em quando, eu sinto uma necessidade muito grande de deixar de representar o cara politicamente correto, o cara forte, o cara ideal, para me apossar da figura do cara humano, falível, cheio de defeitos, do cara real. A vida toda a gente corre atrás de modelos, de ídolos, de pessoas com as quais a gente gostaria de se parecer. De vez em quando, me encho dessa necessidade que as pessoas (eu incluso) sentem de aparecer muito legaizinhas aos outros. Por mais que queira, ou por mais que não queira, sempre vou ferir alguém, magoar alguém, contrariar alguém. Na minha imaginação mega-blaste-hiper-desenvolvida, criei um mundo fictício, imaginário, irreal, onde corro como um louco atrás das coisas que agradem às pessoas. Como se as pessoas fossem tudo em minha vida e eu, nada na vida delas. Mea culpa. Mea maxima culpa. Preciso sim, é ser tudo em minha vida. Senão, a vida... a vida, prá quê?


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domingo, 21 de junho de 2009

A relatividade por Millôr

Soluções de Auto-Ajuda (pensamento positivo)

Certo dia, um pai deu ao filho dinheiro para pagar as contas de LUZ e ÁGUA. Era o último dia para o pagamento, antes do corte.

O filho na rua viu um outdoor: "COMPRE 1 BILHETE E CONCORRA A 2 PICK UPs!"

O garoto pensou: "Eu poderia ganhar os 2 carros e deixar meu pai com dinheiro sobrando". Então com o dinheiro das contas comprou vários bilhetes.

No outro dia o pai preocupado pergunta ao filho pelas contas pagas. O garoto conta que havia comprado os bilhetes e que daqui 2 dias o pai iria ganhar 2 camionetes. O pai ficou uma fera porque aquele era o último dinheiro que tinha para pagar as contas e como se não bastasse a bronca, deu uma bela surra em seu filho.

Passados 2 dias, chegou o dia do sorteio e então ao acordar, a família teve uma surpresa, estavam estacionadas em frente à casa: 2 CAMIONETES NOVINHAS!

Todos ficaram emocionados e começaram a chorar!


Uma camionete era da ELETROPAULO e outra da SABESP, cortaram a luz e a água...

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Paulo Autran - Poema em Linha Reta (Fernando Pessoa)







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Lendas e Fábulas da Internet

Um açougueiro estava em sua loja e ficou surpreso quando um cachorro entrou. Ele espantou o cachorro, mas logo o cãozinho voltou. Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia umbilhete na boca. Ele pegou o bilhete e leu: - 'Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor. Assinado:'
Ele olhou e viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 Reais. Então ele pegou o dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro,colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro. O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal. Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.O açougueiro e o cão foram caminhando pela rua, até que o cão parou em uma casa e pôs as compras na calçada. Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta. Tornou a fazer isso.Ninguém respondeu na casa.
Então, o cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.
Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando alguém abriu a porta e começou a bater no cachorro.
O açougueiro correu até esta pessoa e o impediu, dizendo:
-'Por Deus do céu,o que você está fazendo? O seu cão é um gênio!'A pessoa respondeu: 'Um gênio? Esta já é a segunda vez esta semana que este estúpido ESQUECE a chave!!!'







Moral da História
:

' Você pode continuar excedendo às expectativas, mas para os olhos de alguns (seu chefe), você estará sempre abaixo do esperado.'
Qualquer um pode suportar a adversidade, mas se quiser testar o caráter de alguém, dê-lhe o poder. Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:
Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic.
Quem conhece os outros é inteligente. Quem conhece a si mesmo é iluminado. Quem vence os outros é forte. Quem vence a si mesmo é invencível.






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Pequenas frases, grandes vícios



De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência. - (Millôr Fernandes)










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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Morte e Vida Severina





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A Carta do Chefe ìndio ao Presidente Norte-Americano

Os Índios Duwamish habitavam a zona norte do atual estado de Washington, cuja capital Seattle tem o nome do Chefe Índio que proferiu o discurso em 1854, conhecido como a Carta do Chefe Índio, considerada como um dos mais belos manifestos ecológicos. Após a cessão das terras os índios Duwamish migraram para a reserva Port Madison onde está sepultado o Chefe Seattle.


A carta:
"O Grande Chefe de Washington comunicou-nos o seu desejo de comprar as nossas terras. O Grande Chefe assegurou-nos também da sua amizade e de quanto nos preza. Isso é muito generoso da sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade.
Porém, vamos considerar a sua oferta, pois sabemos que se o não fizermos, o homem branco virá com armas e tomará as nossas terras.
Mas, como pode comprar ou vender o céu e o calor da terra? Tal idéia é estranha para nós. Se não somos os proprietários da pureza do ar ou do resplendor da água, como podes comprá-los a nós?
Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo. Cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada clareira e cada zumbido de insecto são sagrados nas tradições e na memória do meu povo. A seiva que corre nas árvores transporta consigo as recordações do homem de pele vermelho. O homem branco esquece a sua terra natal, quando, depois de morto vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem a beleza desta terra, pois ela é a mãe do homem de pele vermelha. Somos parte destas terras como elas fazem parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs; o veado, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, as seivas das pradarias, o calor que emana do corpo de um pónei e o próprio homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que nos reservará um lugar em que possamos viver confortavelmente e que será para nós como um pai e que nós seremos seus filhos. Vamos considerar a sua oferta de comprar a nossa terra, embora isso não seja fácil, pois esta terra é sagrada para nós.
A água cintilante dos rios e dos regatos não é apenas água, é o sangue dos nossos antepassados. Se vendermos a nossa terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e deverás ensiná-lo aos teus filhos e fazer-lhes saber que cada reflexo na água límpida dos lagos fala do passado e das recordações do meu povo. O murmúrio das águas é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, matam-nos a sede, transportam-nos nas canoas e alimentam os nossos filhos. Se vendermos a nossa terra, terás de te lembrar e ensinar aos teus filhos que os rios são nossos e vossos irmãos, e terás de dispensar-lhes a bondade que darias a um irmão.
Nós sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um pedaço de terra vale o mesmo que outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mais sua inimiga, e depois de a conquistar prossegue o seu caminho. Deixa para trás as sepulturas dos seus antepassados e isso não o importa. Apodera-se das terras dos seus filhos e isso não o inquieta. Ele considera a terra, sua mãe, e o céu, seu irmão, como objectos que podem ser comprados, saqueados ou vendidos como ovelhas ou miçangas cintilantes. Na sua voracidade arruinará a terra e deixará atrás de si apenas um deserto.

Assim pois, vamos considerar a oferta para comprar a nossa terra. Se decidirmos aceitar, será com uma condição: O homem branco deverá tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo outros costumes. Eu vi milhares de búfalos a apodrecer na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia de um combóio em movimento. Eu sou um selvagem que não compreende que o cavalo de ferro fumegante possa ser mais importante do que o búfalo que nós, os índios, matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que seria do homem sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais não tarda a acontecer ao homem. Todas as coisas estão relacionadas entre si.
Deverão ensinar aos vossos filhos que o chão debaixo dos seus pés é feito das cinzas dos nossos antepassados. Ensinem aos vossos filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão é sobre eles próprios que cospem.
Uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem, é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si.
Tudo o que acontece à terra acontece aos filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a teia da vida, ele não passa de um fio da teia. Tudo que ele fizer à trama, a si próprio fará.
Mas nós vamos considerar a vossa oferta e ir para a reserva que destinais ao meu povo. Viveremos à parte e em paz. Que nos importa o lugar onde passarem os o resto dos nossos dias ? Já não serão muitos. Ainda algumas horas, alguns invernos e não restará qualquer dos filhos das grandes tribos que viveram outrora nestas terras, ou que vagueiam ainda nas florestas. Nenhum estará cá para chorar as sepulturas de um povo tão poderoso e tão cheio de esperança como o vosso. Mas porque chorar o fim do meu povo ? As tribos são constituídas por homens e nada mais. E os homens vão e vêm como as vagas do mar.
Nem o próprio homem branco pode escapar ao destino comum. Apesar de tudo talvez sejamos irmãos, veremos. Mas, nós sabemos uma coisa, que o homem branco talvez venha a descobrir um dia, o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele é o Deus dos homens e a Sua misericórdia é a mesma para o homem de pele vermelha e para o homem branco. A terra é preciosa aos olhos de Deus e quem ofende a terra cobre o seu criador de desprezo. O homem branco perecerá também e, quem sabe, antes de outras tribos. Continuem a macular o vosso leito e irão sufocar nos vossos desperdícios.
Mas na vossa perdição brilhareis em chamas ofuscantes acendidas pelo poder de Deus que vos conduziu e que, por desígnios só por Ele conhecidos, vos deu poder sobre estas terras e sobre o homem de pele vermelha. Este destino é para nós um mistério. Não o compreendemos quando os búfalos são massacrados, os cavalos selvagens subjugados, os recantos secretos das florestas ficam impregnados do odor de muitos homens e as colinas desfiguradas pelos fios falantes. Onde está a floresta virgem ? Desapareceu. Onde está a águia ? Morreu. Qual o significado de abandonar os póneis e a caça ? É parar de viver e começar a vegetar.
É nestas condições que vamos considerar a oferta da compra das nossas terras. E se aceitarmos será apenas para ficarmos seguros de recebermos a reserva que nos prometeram. Talvez aí possamos acabar os nossos dias e quando o último homem de pele vermelha tiver desaparecido desta terra, e a sua recordação não for mais do que a sombra de uma núvem deslizando na pradaria, estes lugares e estas florestas abrigarão ainda os espíritos do meu povo. Assim se vendermos as nossas terras amai-as como as temos amado e cuidai delas como nós cuidámos. E com toda a vossa força e o vosso poder conservem-na para os teus filhos e amem-na como Deus nos ama a todos.
Sabemos uma coisa: o nosso Deus é o mesmo Deus. Ele ama esta terra. O próprio homem branco não pode fugir ao mesmo destino. Talvez sejamos irmãos, veremos." 


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Lembranças - Katia





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Cinema - curta em 35mm








O diretor Fernando Watanabe avisa:

O curta-metragem "Danças" irá estrear no 4o CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto - MG, na noite de segunda-feira, dia 22.

DANÇAS (Experimental, 35mm, 19min, SP, 2009)

ELENCO
Renata Grazzini, Vanessa Monteiro , Sérgio Pontes, Manoel Lima, Pedro Zeballos e João Vítor

FICHA TÉCNICA


Argumento e Direção - Fernando Watanabe
Direção de Fotografia - Wagner Montes
Direção de Arte - Laura Carvalho
Som Direto - Fabiana W. Ota
Edição de Som - Ricardo Reis
Figurino - Giuliana Foti
Montagem - Fernando Watanabe e André Luiz Brás
Ass. de Direção - Olívia Brenga
Direção de Produção - Juliana Munhoz
Produção Executiva - Eliane Bandeira
Produção - Anhangabaú Produções Ltda. ME






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Sobre leis e diplomas





A imprensa é como a bomba atômica: em mãos erradas, pode ser um desastre.
J. Cristo, do alto de sua divindade, acertou na mosca quando disse que "O que faz mal não é o que entra pela boca, mas sim o que sai dela". Os meios de comunicação compõem uma faixa intermediária de influência na sociedade a que se chama de "Quarto Poder". Essa influência, se bem usada, pode resultar na queda de governantes, como o caso Watergate. Se mal usada, pode resultar em coisas inomináveis e tão horríveis quanto o famoso caso da Escola Base.
Sou jornalista profissional com registro no Ministério do Trabalho. Sou contra o fim do direito de resposta regulamentado pela Lei de Imprensa e pelo excesso de liberdade proveniente da recente extinção da lei. Assim como há abusos em todos os setores da atividade humana, há também abusos no jornalismo. A Lei de Imprensa que extinguiram era tão fraca, falha e tão omissa, que absolutamente ninguém da imprensa foi acusado, investigado e muito menos punido pela criminosa destruição de vidas de inocentes, no tenebroso caso da Escola Base em São Paulo. Sugiro a leitura do livro do jornalista Alex Ribeiro "Caso Escola Base - Os Abusos da Imprensa" com Prefácio de Carlos Brickmann - Editora Ática ISBN 85 08 05508 0
Por outro lado, apesar de parecer uma reserva de espaço profissional, a exigibilidade do diploma é algo bastante razoável e, na maior parte das vezes, contribui para a melhoria na qualidade do serviço prestado à população. Quando foi instituído o primeiro curso superior de jornalismo no Brasil, em 1979, já fazia 10 anos que eu exercia profissionalmente a atividade. Tive um processo no Ministério do Trabalho, através da Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo, que durou dois anos. Foram in-loco verificar se realmente eram verdadeiras todas as minhas afirmações e narrativas de trabalhos em veículos de comunicação, não bastaram comprovantes xerocados e autenticados. Um fiscal do Ministério foi até a TV Marajoara em Belém do Pará, para verificar nos livros de registro de pessoal a minha passagem por lá e verificou, com uma funcionária antiga, se realmente eu exercera a tal função de editor de texto no Telejornalismo da Emissora. Também foi feito isso no sul de Minas, onde fui editor numa rádio. Ou seja, o Ministério do Trabalho aceitou, depois de dois anos de investigação, que eu realmente era um profissional e me concedeu, em 1992, o registro definitivo.
Entretanto, modéstia às favas, me considero uma honrosa excessão. Quando trabalhava em TV, via os meninos e meninas recém-saídos de cursos superiores de jornalismo, totalmente perdidos nas redações, sem a mínima noção do que fazer, como fazer, quando fazer. O real aprendizado começava então, ali, na redação da TV e contava como professores reais, efetivos, que éramos nós, os mais antigos, e ainda assim os que se propunham a ter paciência de ensinar, de transmitir o conhecimento, porque nem todo jornalista é um pai ou uma mãe, há controvérsias.
Fui coordenador do CRAV - Centro de Recursos Audiovisuais do Instituto de Comunicação de uma Universidade e presenciei coisas surreais, como aquela professora da disciplina de Prática de TV, pós graduada por Sourbonne, na França, mas cuja experiência máxima tinha sido um mês de cobertura de férias como rádio-escuta numa emissora regional. Claro que o que essa professora ensinava eram altas teorias e nada realmente de prática. Apesar de tudo, a exigibilidade do diploma propicia ao jornalista uma base, mesmo que essa que narrei, a qual, na pior das hipóteses, é bem melhor do que nada. Aquelas pessoas com dom, que são instruídas e informadas a ponto de dispensarem o diploma para exercer a função com algum desempenho, existem, sim. mas não são, em absoluto, a regra. A maioria precisa de uma base mínima para começar no ofício.


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quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Pálido Ponto Azul

"tem sido dito que a Astronomia é uma experiência de humildade e de formação do caráter..." (Carl Sagan)






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quarta-feira, 17 de junho de 2009

le misérable

Temos hoje no mundo, em cada seis pessoas, uma abaixo da linha da miserabilidade absoluta. São mais de um bilhão de seres famintos, esquálidos, fora do mercado de consumo, fora da honra, da dignidade e da propalada Declaração Universal dos Direitos do Homem. São pessoas que têm uma vida de sofrimento, não comem como deveriam, têm a formação mental e corporal atrapalhada pela desnutrição e são muito suscetíveis a todo tipo de doenças, principalmente as oportunistas. Altíssimo índide de analfabetismo, baixíssimo índice de desenvolvimento humano (IDH) alta taxa de mortalidade, baixíssima expectância de vida, sem horizonte ,sem futuro, sem nada. Apesar disso, há uma extensa faixa da população "abonada" e privilegiada pela sorte, que encontra o que fazer e uma rentabilidade por vezes até excelente, que acha que esses um bilhão de zumbís, são vagabundos que não sabem aproveitar oportunidades, como se eles as tivessem, mínimas que fossem. Por isso, fazer redistribuição de renda não é caridade, é justiça social. As pessoas que entendem que alguém precisa trabalhar para prover o proprio sustento, são as mesmas que aprovam ou são indiferentes quando as empresas, a título de aumento de lucratividade, reduzem postos de trabalho em todo o mundo. Há um que de anacronismo no ar, posto que ao mesmo tempo que queremos ver a todos trabalhando, não estamos nem aí quando se reduz a oferta de trabalho, isso não é um problema coletivo, social, mas das empresas. Se elas reduzem ou não o número de vagas de trabalho para aumentar a lucratividade, é a vocação delas. E o problema social resultante? Não, o problema resultante não é delas. É nosso. Esta é uma mazela resultante da má interpretação do que é democracia. Democracia é qualquer coisa, menos isso. Democracia compreende liberdade, sim, mas com responsabilidade! A propósito, recebi um convite da Cris Lopes e repasso aqui.
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terça-feira, 16 de junho de 2009

A Tragédia do Vôo 447

O problema das grandes aeronaves, é que quando elas sofrem um acidente, podem matar um número bem grande de pessoas. Se, no nosso dia-a-dia, apenas uma morte em acidente nos consterna e enluta, imagine centenas de mortes de uma só vez, é realmente uma tragédia inominável. Assim, temos que chorar os mortos e as autoridades precisam investigar a fundo as causas desse grave acidente, para que possamos tomar providências enérgicas, para que por esses motivos, esse tipo de acidente não ocorra mais ou na melhor das hipóteses, ocorra menos, dependendo se foi raio, bomba, ou outro qualquer o motivo da tragédia. Entretanto, quero aqui dar um testemunho em favor da indústria aeronáutica e das empresas de aviação em geral: a viagem de avião é, hoje, senão a mais, pelo menos uma das mais seguras que há. Escrevo isso com a convicção de quem morou por mais de 7 anos ao lado do aeroporto de Congonhas. São vôos partindo e chegando no aeroporto de 1 em 1 minuto desde que clareia o dia até quando anoitece. Com esse número de operações de pouso e decolagens, Congonhas é um dos mais movimentados aerroportos do Brasil e talvez um dos com tráfego mais intenso do mundo. Se, isoladamente em Congonhas, os números são altos, imagine no Brasil todo, em todo o mundo! Desta maneira, é preciso confirmar mesmo que, como li outro dia numa revista de aviação: " os aviônicos chegaram ao estado da arte" e é verdade. Entretanto, até equipamentos "no estado da arte" falham. Eles também são passíveis de descuidos de manutenção e outras interferências. Como bem disse um especialista, pode ter havido uma sucessão de erros que culminou no acidente, o problema pode ter começado muito antes de o avião ter decolado do Brasil. Resta agora nos solidarizarmos com as famílias enlutadas e aguardar as investigações dos peritos, para saber o que se deve fazer para evitar novas ocorrências de acidentes como esse.

Quando é para acontecer, acontece.

Italiana que perdeu lugar no voo 447 morre em acidente

A italiana Johanna Ganthaler, que "sobreviveu" ao acidente com o Airbus da Air France por ter perdido o voo 447, morreu em um acidente de carro na Áustria. O marido dela, Kurt Ganthaler, que também viajaria do Rio a Paris na aeronave, ficou seriamente ferido. Johanna, uma aposentada da Província de Bolzano-Bozen, na Itália, passou férias no Brasil com o marido e pretendia voltar para casa no dia 31 de maio, quando aconteceu o acidente. Após perder o avião da Air France, eles foram à Europa em outro voo. O acidente envolvendo o carro onde estava o casal ocorreu em uma estrada de Kufstein, na Áustria. O veículo tombou ao tentar desviar de um caminhão.

fonte:JetSite

Bulk-Ink - economia à vista

Tomei pé da situação quando vi que estava gastando uma nota preta em cartucho de tinta em minha impressora. O custo é altíssimo. Dependendo da impressora e do tipo de impressão, vc faz apenas 200 impressões em format A4 por cartucho, uma barbaridade.

Um dia, passava eu pela Santa Ifigênia, quando vi uma lojinha com um bando de impressoras e uns kits por sobre o balcão, com uns recipientes grudadinhos uns nos outros e ums tubos, fazendo lembrar de longe os de soro hospitalar. A impressora de demonstração rabiscava furiosamente uma linda e densa foto colorida.
Final da história: fui apresentado a esse ilustre senhor que veio para nos ajudar, chamado Bulk-ink. Um sistema contínuo de impressão, que dispensa troca de cartuchos.

Depois de um certo tempo, que grana aqui não é mato, comprei uma impressora que aceita a aplicação do tal bulk-ink e reservei.

Meses depois, consegui um kit numa promoção e instalei na minha impressora.
É impressionante.

Pago 50 Reais o LITRO de tinta, ou seja, mais barato do que certos cartuchos chamado "originais" com 10, 15 ml.
Só posso imaginar a lucratividade do negócio "original" de tinta para impressoras Desk-jet.



coisas do Brasil:



Quase sempre o inimigo está no espelho


A vida é um mistério. As pessoas fazem coisas que numa análise superficial, parecem estúpidas e incoerentes. Depois, a gente vai tomando pé da situação e vê como o relacionamento humano é complexo nas coisas mais simples e acabamos por fazer o que não queremos, gerando esse tipo de situação, em que os outros ficam perplexos em saber como é. Exatamente por não se saber o que se passa em detalhes. Então vemos as tragédias da vida, os grandes e pequenos atos de gente como eu e você, assim, meio que malucos, de um anacronismo gritante. Seremos todos burros e inconsequentes? Acho que não. O ser humano hora é vítima, hora é algoz de si mesmo.



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