terça-feira, 22 de março de 2011

Gurdjieff

Pedro Rico


Hoje de manhã, ao mastigar um enroladinho de presunto e queijo na padaria perto de casa, não pude deixar de ver na TV da padaria, o Pedro Bial conversando com os "astros" do BBB. Ele falava com a Maria. E perguntou se o livro que ela estava lendo realmente conseguia fazer com que ela conquistasse os homens de acordo com a promessa do título. E ela respondeu que estava aprendendo a conquistar os homens, ao que o Bial observou sábiamente: "-É um bom começo." Conheci pessoalmente o Bial no Rio, no começo da década de 80. Fui passar minhas férias no Jardim Botânico, mais precisamente no Jornalismo da Globo. Peguntaram o que eu queria fazer além de ver o JN do estúdio. Respondi que queria sair com Pedro Bial em uma reportagem. Fui. Ele foi entrevistar, nos estúdios da Globo, o Jorge Fernando, na época diretor de de Guerra dos Sexos, explodindo de sucesso Brasil afora. Bial era um jovem inteligentíssimo, muito culto, bastante informado, respeitadíssimo nas redações do Rio. Praticamente um ídolo para mim. Quando vi ele noticiando a queda do muro de Berlim, fiquei extasiado. Hoje, ao ver o bom e velho Pedro Bial apresentando o BBB, fico meio encabulado. O dinheiro abundante e solto falou mais alto. Garante sua aposentadoria, é certo. Mas aquela aura de intelectual, cinéfilo, pensante, jornalista dos bons, cadê? O dinheiro está encobrindo. Teremos em breve, se já não temos - um milionário. Um pobre milionário.

Sequência de Fibonacci