sábado, 27 de junho de 2009

Marketing Pessoal



Brinco no link "Quem sou eu" substituindo pela frase"Não fui eu!" e lamento meu lapso de linguagem, onde me revelo algo que não sou nem quero ser: "vigarista", porque isso atrapalha totalmente a propaganda própria que poderia fazer por aqui. Brincadeira à parte, é muito séria essa história de Marketing Pessoal, senão vejamos:


Dizem que um dos maiores vendedores da história recente do mundo, foi um sujeito que sabia despertar nas pessoas a vontade de comprar. Exemplo disso, foi um livro que ele arrematou em grande quantidade, depois de encalhar nas livrarias. Envolveu cada exemplar numa fita que lacrava o conteúdo, escrevendo nela: "Só para Homens". Segundo consta, as mulheres, então - e só então - compraram tudo. Era um livro de poesias escritas por mulheres.

As pessoas que sabem vender as coisas, são ótimas, têm o meu respeito. Tentei uma vez ser vendedor e foi terrível, ia vender e acabava comprando. Mas as pessoas que me enlevam e me envolvem de fato, são as que sabem SE vender. Conheço uma pessoa que é vagabunda, mal educada, inculta e a bem da verdade, muito mal preparado para ser um profissional. Só que sabe se vender como ninguém. Com jeitinho, põe os outros a trabalhar para ele. Quando apresenta o trabalho ao chefe, a frase é sempre parecida com esta: "- Olha o que eu fiz!".

Tive um gerente comercial uma vez, que era um circo. Não, palhaço não, era um circo inteiro mesmo. Fazia a gente morrer de rir. Ele subia para a Diretoria normalmente, com um calhamaço de pastas nos braços, conversando normal. Quando abria a porta da sala do Diretor, começava a arfar, tirava o lenço do bolso e passava na testa e dizia: "-Ufa, nossa, que luta para manter esse faturamento em alta, meu líder!" Mentira, luta nenhuma, mas para o Diretor, esse era o cara.

Um dos sujeitos mais humildes que eu conheci na minha vida e que devia ser péssimo no Marketing pessoal, foi o Editor Executivo do Jornal Nacional, o saudoso Odejaime Hollanda, meu colega de papos-furados no café da redação da Globo, quando fui lá cobrir férias no RJTV como editor de texto e que me deu um baita susto quando se revelou como o "chefão" numa emergência com uma matéria que editei no sufoco para o Jornal Nacional, já com o primeiro bloco no ar. Era a pessoa mais despojada e simples de todo o pessoal da redação e o que mandava em tudo sem fazer nenhuma questão de se apresentar.

Confesso que também transito mal nessa de me fazer valorizar. Eu jamais abriria uma loja chamada MacDonalds com uns lanchinhos muito ruins e uns preços caríssimos. E é verdade quando digo que sinto uma ponta de inveja de quem consegue valorizar tudo, até o próprio "pum", quando deixa de sê-lo, para se transformar em "alívio íntimo de necessidade relevante". A eliminação de postos de trabalho fazendo o próprio freguês trabalhar e pagar por isso tem o nome empolado de "self-Service" e tem sucesso garantido em qualquer parte deste país. Da mesma forma, tem uns picaretas que se vendem como sendo verdadeiras obras-pimas da Humanidade e que na verdade, são grandiosos sim, mas grandiosos estelionatários da credulidade alheia, como os alfaiates do Rei vaidoso da fábula.
Enfim, saber se vender é uma arte que poucos dominam.








coisas do brasil




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