quinta-feira, 2 de maio de 2013

Contos de Fadas Repaginados


O Ministério Público, através da Promotoria da Infancia e da Juventude, vai ouvir na semana que vem, o sudito que desobedeceu a ordem da madrasta má e poupou a vida da menina Branca de Neve. Os promotores querem saber as circunstancias em que a ordem para matar a garota foi dada e se houve aí um agravante do crime doloso. Segundo um promotor que nâo quis ter seu nome publicado, a madrasta de Branca de Neve pode ser enquadrada em vários artigos do ECA, Estatuto da Crianca e do Adolescente. Ja o servidor que a deixou sozinha na floresta e matou um veado em seu lugar,  deve responder por abandono de menor e também por maus tratos e morte de animal da fauna silvestre, crime inafiançável. Além disso, consta que corre em paralelo uma investigação no DEIC, porque o servo da madrasta má não tinha porte de arma e nem registro da espingarda com a qual cometeu o crime. Os anões estão em tratamento psiquiátrico, porque todos eles ficaram com transtorno bipolar ao terem que ceder Branca de Neve em casamento para o Príncipe.
Branca de Neve, que desde esses eventos já tem numerosa família, cuida de uma ONG de preservação da fauna silvestre e promove grandes festas beneficentes no palácio. E contrariando o lugar-comum dos contos de fadas, o colunismo social comenta em todos os blogs de fofocas, que Branca está traindo o Príncipe com seu personal-trainer.  E para finalizar, a semana que vem também, algumas Ongs GLBT intimarão os descendentes dos Irmãos Grimm, para saber se o veado da história pode ser substituído por outro animal. As Ongs alegam que tudo é válido, "desde que seja em prol da preservação da boa imagem da categoria, dado que esse tipo de conto estimula a violência contra minorias."