segunda-feira, 31 de março de 2014

SER

Acima de nossas cabecas, o infinito. Seres com existencia efemera, temos dificuldade de lidar com o sempre. Ele e demais para nossa percepcao. Toda a nossa existencia, para a eternidade, seria como que um piscar de vagalume na natureza. Unzinho so. A Terra e um grao de poeira suspenso num firmamento que ostenta grandiosidade de dificil compreensao e misterios insondaveis. Sob um ceu de profundidade incompreensivel, dado que infinita, costumamos nos voltar para a superficie. Afinal, isso e um legado de nossos ancestrais, os vermes. Que vivem da poeira que comem e se fixam a ela, por instinto.  E que nao querem saber de mais nada, por natureza. Assim, seguimos existindo, muitos de nos, com a curiosidade de saber o que estamos fazendo aqui, de onde viemos, quem somos e para onde vamos. Mas o grosso de nossa especie, esta mais preocupado comtrivialidades. Com a lama e o po da superficie. Por natureza. A eternidade realmente nos massacra. A realidade tambem. Vivemos muito mais daquilo em que acreditamos, do que realmente, daquilo que de fato existe. Somos sonhos ambulantes.  Quando nos confundimos, somos aberracoes moveis. Mal entendidos que se movem. Equivocos humanos pululam no Universo. Este que vos dirige a palavra, por exemplo. Na natureza, nem tudo que e lucido, predomina.  A insanidade e poderosa. E tem um apreco sincero por esse poder. 
Erasmo ja disse que os loucos precisam existir, para poupar a natureza desse tipo nao muito honroso de qualidade. Reich defendeu a necessidade de se tratar clinicamente e psicologicamente a figura do paciente mental, da sociedade doente,dos mal amados, dos reprimidos, dos desviados, dos desvairados, cujas tristezas sao motores de mazelas, gestando nazi, fasci e outra patologias sociais.Esporadicamente, vem algum discreto cidadao alertar aos demais que ha excessos, que ha distorcoes, que ha necessidade de ser repensado o status quo, repensados os rumos, a mentalidade, a cultura. Mas a maioria silenciosa segue seu rumo, ainda que errado, ainda que equivocado, ainda que incerto, ainda que catastrofico.