sábado, 16 de abril de 2011

Trem bala, verdadeiro tiro de canhão.

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Desde quando aconteceu o lamentável desastre com o avião da TAM em Congonhas SP, as autoridades vem falando de desafogar os aeroportos de SP aproveitando a capacidade ociosa de Viracopos, em Campinas.




Na época, em paralelo com a idéia de fazer uma ferrovia de alta velocidade entre SP e Campinas, fizemos um trabalho para ser apresentado ao então governador José Serra, sugerindo uma alternativa tecnologicamente mais econômica, rápida, simples e prática para ligar esses aeroportos. Não sei se o assunto acabou chegando mesmo até o governador.




Trata-se de uma solução de curtíssimo prazo e de maleabilidade a toda prova. Apresentamos a sugestão de ligar esses movimentados pontos de SP (Congonhas e Guarulhos) com Campinas através de uma ponte aérea exclusiva para helicópteros de grande porte. As mais fortes vantagens dessa solução, seriam a possibilidade de se iniciar com poucas unidades e ir expandindo de acordo com a demanda, possibilidade de 'esticar' as rotas do Rio de Janeiro a Bauru e/ou São José do Rio Preto, p.ex, e implantabilidade em questão de meses, contra décadas da ferrovia, além da exigibilidade uma infraestrutura muitíssimo mais modesta.




Sugerimos o S-92, que na época ainda não havia sido homologado no Brasil, um turbohélice para 19 passageiros, da Sikorsky. Entramos em contato com os representantes da empresa no Brasil, que nos mandaram material para desenvolver a argumentação.




Quando soube na semana passada que o trem bala custará R$ 30 bilhões, quase caí da cadeira. Daria para comprar algo em torno de 900 (novecentos) helicópteros S-92, o que, obviamente, seria totalmente desnecessário.




Mas não adianta querer ser mais realista que o rei. Vai demorar muito, vai ser mais caro, mais complicado, mas 'suas majestades' assim o preferem, quem sou eu para dizer não?