As coisas boas da vida nem sempre são grandiosas e muito evidentes. Há aquele sorriso na hora certa, aquela palavra de apoio, uma pequena gentileza, um elogio mesmo que velado. Ainda que imponentes, as torres são erigidas por tijolos, blocos, pequenas partes. E se elas forem boas, o conjunto será sólido e duradouro. Mesmo porque prefiro a brisa à ventania, a garoa à tempestade. Por vezes, privilegio e não sem razão, a sutileza. Não precisamos de um sol a pino para sabermos que o dia vai nascer. Não é necessário uma declaração de amor onde basta um olhar. E a palavra adeus pode ser calada e a despedida pode ser marcada por uma singela lágrima. Um poeta lá do fundo da Idade Média disse uma vez, em bom e correito Latim, que nada seca mais rápido do que uma lágrima. Ele sabia o que estava dizendo.
sábado, 19 de julho de 2014
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