terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Nem tudo está perdido

Taxista de NY devolve US$ 21 mil a passageira italiana
AE-AP - Agencia Estado

NOVA YORK - Um motorista de táxi de Nova York devolveu US$ 21 mil perdidos por uma passageira italiana. Felicia Lettieri, de 72 anos, esqueceu sua carteira no carro em Manhattan, na véspera do Natal. Ali estava o dinheiro para a viagem dela e de seis parentes.

Enquanto o dinheiro estava perdido, a polícia incentivou a italiana a não perder as esperanças. Enquanto isso, o motorista Mukul Asaduzzaman dirigiu cerca de 80 quilômetros até Long Island, em um endereço que encontrou na carteira de Felicia. Como ninguém estava em casa, ele deixou seu número de telefone e mais tarde voltou com o dinheiro.

A filha da passageira, Maria Rosaria Falonga, declarou ao jornal "Newsday", de Pompeia, na Itália, que o motorista ainda deixou um bilhete, dizendo: "Não se preocupe, Felicia. Vou mantê-lo em segurança". Asaduzzaman devolveu a quantia e ainda recusou uma recompensa.

Os cegos e o elefante

Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio.

Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo.

Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem.

Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas.

Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outros como era o elefante.
Então, o que tinha apalpado a barriga, disse que o elefante era como uma enorme panela.

O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura.

"Nada disso ", interrompeu o que tinha apalpado a orelha. "Se alguma coisa se parece é com um grande leque aberto".

O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: "Vocês estão por fora.

O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água...".

"Essa não", replicou o que apalpara a perna, "ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de flexibilidade, é rígido como um poste...".

Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia.
Evidentemente cada um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam.
O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que se calassem.
"O elefante é tudo isso que vocês falaram.", explicou.
"Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante.
Não devem negar o que os outros perceberam.
Deveriam juntar as experiência de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante."


Algumas conclusões sobre essa história...


A experiência das coisas que cada homem pode ter é sempre limitada. Por isso, a sensatez obriga a levar em conta também as experiências dos outros para se chegar a uma síntese.

A pessoa, o ser humano, apresenta muitas facetas. Existe o risco de polarizar a atenção em algumas delas, ignorando o resto. Fazendo isso, estaríamos repetindo os cegos da parábola. Cada um ficaria com uma visão unilateral e parcial.

Para obtermos uma visão o mais integral possível do que é uma pessoa, devemos reunir, numa unidade, os numerosos aspectos que podem ser observados no ser humano.