segunda-feira, 11 de abril de 2011

A sutil localização do bem querer


Nesta minha vida de altos e baixos, muito mais baixos que altos, por sinal, aprendi a duras penas a considerar todas as pessoas boas, íntegras e amigas, até prova em contrário. É evidente que tenho tido sistemáticas provas em contrário, dada a natureza humana. Mas no que resta, tenho tido agradáveis - digamos - surpresas. Porque no lodoso e inconsistente mundo das personalidades, ou seja, das máscaras, pouca e bem pouca coisa se revela no fundo autêntica e valiosa, mas quando se revela, é um pequeno tesouro a ser preservado e cuidado a sete chaves. Tenho dito que as pessoas muito educadas, muito corretas, muito dentro dos padrões, me assustam, porque é evidente que elas não se mostram de verdade. Consegui ser grande amigo de pessoas que me magoraram profundamente, num primeiro momento. E acabei por me transformar em grande opositor de pessoas agradáveis, afáveis, amáveis ao extremo, que ao final, se revelaram bem pouco confiáveis e absolutamente inviáveis como amigas. No mundo do relacionamento interpessoal, identificar preciosidades virou uma arte. E, quando nos enganamos, pagamos por vezes um preço muito mais alto do que poderíamos suportar. É o preço da nossa inexperiência, da nossa falta de tato, na ausência de feeling para identificar um ou outro, para separar o joio do trigo, o bom do mau, o viável do inviável. Por vezes, vc só descobre o quão é odiado por aquele que se apresentava como seu amigo, na hora em que o pé dele, se opõe à sua cabeça e a faz estatelar contra o meio-fio de granito e aquela multidão de estrelas vem anunciar que vc está desmaiando de tanto apanhar. Tanto os 'amigos' quanto os "conhecidos" sempre me surpreenderam, quando na pior hora os amigos desapareceram e de repente, vc se vê apoiado, socorrido e confortado por um mero conhecido, ou mesmo um estranho. O mundo é um formidável descortinar de constatações e verdades que por vezes, se chocam com as nossas mais sacrossantas crenças e nossa fé mais profunda. A realidade, quase sempre, não colabora com nossas mentes. Tenho dispensado aos meus inimigos gratuitos e de percurso, um respeito atávico e um perdão um pouco contido. Carinho, eu só sinto pelos meus amigos. As pessoas que me são gratas, percebem isso no meu olhar, nas minhas atitudes, nas minhas posturas, nas minhas ações. As pessoas com as quais eu brigo, são exatamente as que me passam alguma importância. Com quem eu não gosto nem me importo, não há razão de brigar. Por isso eu digo sem medo de errar outra vez: sou apaixonado pelas pessoas que me são caras, as quais eu não preciso enunciar aqui, porque elas sabem, por minhas atitudes e posturas, que eu as amo e amo de verdade!


He Ain't Heavy, He's My Brother




The road is long

With many a winding turn

That leads us to who knows where

Who knows when

But I'm strong

Strong enough to carry him

He ain't heavy, he's my brother

So on we go

His welfare is of my concern

No burden is he to bear

We'll get there

For I know

He would not encumber me

He ain't heavy, he's my brother

If I'm laden at all

I'm laden with sadness

That everyone's heart

Isn't filled with the gladness

Of love for one another

It's a long, long road

From which there is no return

While we're on the way to there

Why not share

And the load

Doesn't weigh me down at all

He ain't heavy, he's my brother

He's my brother

He ain't heavy,

he's my brother...

Um comentário:

neli araujo disse...

A-D-O-R-E-I o post, Pedro!

Você escreve muito bem!

Eu, por tudo o que já passei nesta vida,sou mais desconfiada e reservada em um primeiro momento, para só mais tarde confiar nas pessoas...

bjs