rá bom, se foi bom, ou até mesmo se foi. A racionalização por compulsão pode estragar muita coisa interessante em nossas vidas, desnecessariamente, por invadir situações e caminhos por onde não é necessário trilhar através da compreensão, da catalogação, da interpretação cognitiva. Quando Dom Quixote de La Mancha cavalga em direção ao Moinho de Vento, ele não avalia a possibilidade de tratar-se ele próprio de uma fantasia ambulante e muito menos tem condições de enxergar um sólido moinho de vento no lugar do dragão ou dos gigantes de pedra, sob a pena de pretender desestabilizar o argumento de seu próprio criador Cervantes. Essa loucura mesmo que imaginária, mesmo que ficcional, repele, dispensa, abomina qualquer tipo de compreensão ou análise lógica, filosófica, racional, interpretativa. Quixote, o ser de triste figura, não se enxerga assim e nem poderia. Ele é um cavaleiro de boa estirpe e um herói, em busca de sua amada num castelo perdido em meio à sua tresloucada imaginação. O que somos todos nós, boa parte de nossas vidas, senão caçadores de moinhos de vento? Senão os operários de "Tempos Modernos" atarrachando porcas entre engrenagens e esteiras rolantes, fazendo rir aos outros e a nós mesmos? tenho estas e muitas outras perguntas, muito embora já
saiba que o que me basta, é muito mais do que as respostas. A hiper-racionalização pode danificar nosso caminho em busca do pote de ouro no fim do arco-íris.coisas do Brasil:

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