O Ministério
Público, através da Promotoria da Infancia e da Juventude, vai ouvir na semana
que vem, o sudito que desobedeceu a ordem da madrasta má e poupou a vida da
menina Branca de Neve. Os promotores querem saber as circunstancias em que a
ordem para matar a garota foi dada e se houve aí um agravante do crime doloso. Segundo um
promotor que nâo quis ter seu nome publicado, a madrasta de Branca de Neve pode
ser enquadrada em vários artigos do ECA, Estatuto da Crianca e do Adolescente.
Ja o servidor que a deixou sozinha na floresta e matou um veado em seu lugar, deve responder por abandono de menor e também
por maus tratos e morte de animal da fauna silvestre, crime inafiançável. Além
disso, consta que corre em paralelo uma investigação no DEIC, porque o servo da
madrasta má não tinha porte de arma e nem registro da espingarda com a qual
cometeu o crime. Os anões estão em tratamento psiquiátrico, porque todos eles
ficaram com transtorno bipolar ao terem que ceder Branca de Neve em casamento para
o Príncipe.
Branca de Neve, que
desde esses eventos já tem numerosa família, cuida de uma ONG de preservação da
fauna silvestre e promove grandes festas beneficentes no palácio. E contrariando
o lugar-comum dos contos de fadas, o colunismo social comenta em todos os blogs
de fofocas, que Branca está traindo o Príncipe com seu personal-trainer. E para finalizar, a semana que vem também,
algumas Ongs GLBT intimarão os descendentes dos Irmãos Grimm, para saber se o
veado da história pode ser substituído por outro animal. As Ongs alegam que
tudo é válido, "desde que seja em prol da preservação da boa imagem da categoria,
dado que esse tipo de conto estimula a violência contra minorias."
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