Por vezes fico pensando como as pessoas se enganam com a idéia de solidão. Parece que estar só, é ficar numa região desabitada. Em outra hipótese, para a maioria das pessoas estar só é não ter muitos amigos, parentes, pessoas próximas. Para os românticos, estar só é permanecer longe da pessoa amada. Para muita gente, viver só no sentido de morar numa casa sem mais ninguém, é um tipo muito marcante de solidão. Entretanto, apesar da lógica que norteia esses conceitos, existem formas mais sofisticadas e, portanto, terríveis de solidão. A solidão intelectual, por exemplo. Quando se está num meio universitário, de nível elevado e se é apenas alfabetizado, nada mais. Ou ao contrário. Quando se tem um bom nivel cultural e nao existe mais ninguem ao derredor para uma conversa mais elevada sobre as coisas da vida ou outros assuntos especificos. Existe também a solidão no trabalho, quando todos se revelam colegas, mas não a ponto de aceitar aquele seu convite para um happy hour. Tambem existe a solidão afetiva. Quando a pessoa que acabamos subitamente amando, vai aos poucos se revelando nossa antítese, gostando de tudo o que a gente detesta e detestando tudo o que a gente mais gosta, num descortinar de uma potencial e triste predisposição ao desenlace. Resta-nos tentar compreender, aceitar passivamente ou tentar modificar essas coisas, caso sejamos capazes. Entretanto, seja qual for o tipo de solidão a que estejamos submetidos, é preciso ter paciência e tolerância para com as coisas da vida e conosco mesmos. Afinal, somos humanos!
domingo, 11 de novembro de 2012
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Um comentário:
Muito bom,. caro Zeballos!
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